tag:blogger.com,1999:blog-87952451667654120592024-03-13T07:08:29.991-07:00Schliptz!Unknownnoreply@blogger.comBlogger44125tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-33353128053408916092015-10-25T16:29:00.000-07:002015-10-25T16:29:36.949-07:00Show Hammond Groove JazzBDesde que fui apresentado ao órgão eletrônico pela coleção de LPs de meu pai, passei a admirar o som cativante e energético deste instrumento. Em especial, fazia parte da minha coleção de discos mais ouvidos o <a href="https://www.youtube.com/watch?v=qcS8popQiZw&list=PL81D0EC8990D9FD1C"><i>Jimmy Smith at the organ vol. 2</i></a>. Minha irmã não apreciava muito, talvez pelo individualismo que evocava. Era jazz, afinal de contas, e a atmosfera que trazia era mesmo de contemplação solitária, mas muito energética. Novamente uso esta palavra para falar do assunto e sei o motivo. O som do órgão eletrônico tem esta capacidade de provocar a audição com seu timbre rico e espaçoso. O som até consegue lembrar seu antepassado à ar, mas herda um pouquinho da rebeldia da guitarra, com quem divide a época e a origem elétrica. Me lembra inclusive da distorção fantástica que Stevie Ray Vaughan conseguiu colocar em sua guitarra.<br />
<br />
Até aqui, no entanto, não tive a oportunidade de ouvir ele ao vivo. Imagine minha alegria quando descobri que uma banda com órgão elétrico tocaria no JazzB.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-FYZ3eYGYE2g/Vi1JSmRu33I/AAAAAAAAGVo/sG5ZageMWUk/s1600/IMG_20151024_222147558.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://3.bp.blogspot.com/-FYZ3eYGYE2g/Vi1JSmRu33I/AAAAAAAAGVo/sG5ZageMWUk/s320/IMG_20151024_222147558.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Hammond Groove se apresenta como um órgão trio, formado por bateria, guitarra e pelo órgão Hammond em si. Foi delicioso ouvir as músicas com melodias simples mas muito bem executadas, compondo uma mistura equilibrada de repetições dos temas, variações e solos livres. Em geral começavam calmamente, mas a dinâmica com seus crescentes de tensão fazia a empolgação aumentar rapidinho.<br />
<br />
Notável a qualidade do baterista, com técnica e arte muito apuradas, era capaz de criar melodias sozinho em seu solo, sem deixar de destruir a bateria, obviamente. Acima de tudo, fazia isso sem ofuscar aos demais, como já vi acontecer.<br />
<br />
Um dos momentos altos do show foi a música água de côco. Iniciou-se com a declaração de que seríamos levados para uma outra atmosfera, à beira mar, com seus cheiros e sons. No final me arrepiei e me emocionei com as deliciosas dissonâncias e convolução de toques de percussão.<br />
<br />
Enfim, uma noite para falar sobre.<br />
<br />
Abaixo as partes iniciais de algumas das músicas. O show completo, só ao vivo. Ouvi dizer que eles voltarão ao JazzB em novembro.<br />
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/videoseries?list=PLEkZSiT4L0w9GW321lBR2MaNrEBl24DjX" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-45263384337496070922014-06-29T07:58:00.001-07:002014-06-30T18:00:12.443-07:00Ordem e CaosO que vêm primeiro? A ordem ou o caos?<br />
<br />
Num certo sentido, é preciso que haja algo antes de tudo. Seja em ordem ou desordem. Havendo algo, então pode-se evoluir o sistema. A entropia do universo, uma forma de medir a desordem, é comprovada como sempre aumentando. Acredito que para sistemas naturais, isso também se aplica. Sistemas que evoluem naturalmente, que não sofrem a aplicação de esforço para que se mantenham em ordem, acabam por ficar mais desordenados.<br />
<br />
Nós, enquanto máquinas de processar informação, atuamos na direção contrária. Procuramos manter e aumentar a ordem, às custas de esforço.<br />
<br />
Num certo sentido, lutamos contra a natureza, possuindo o papel contrário. Dada a desordem, o desconhecimento, procuramos conhecer, ordenar.<br />
<br />
Uma possível compreensão dos processos seriam:<br />
1- Façam-se as dúvidas. Várias delas.<br />
<br />
Exemplos: Quais os elementos que compõem a água? O que determina o comportamento humano? Quais são as possíveis de governo?<br />
<br />
2-Com esforço, descobrem-se algumas respostas.<br />
3-Após um tempo, temos um conjunto desordenado de respostas. Conhecemos algumas coisas, mas em desordem.<br />
4-Com mais esforço, procura-se a ordem entre as respostas. Surge uma dúvida metacognitiva. Há ordem entre as respostas? Qual?<br />
5-Com esforço, encontra-se a ordem.<br />
<br />
Exemplos de ordem deste tipo poderiam ser: Um índice, uma equação, uma tabela periódica, um conceito abrangente.<br />
6-Após a descoberta de várias ordens, elas se tornam respostas a várias perguntas, e podem ser objeto de novo processo. O ciclo se repete.<br />
7-Em todos os processos, gasta-se esforço para conhecer e também para manter a ordem do que já é conhecido.<br />
<br />
Este é uma espécie de processo indutivo super generalizado.<br />
<br />
Dele fazem parte a formação indutiva e recorrente de conceitos, que por sua vez compreende a formação da linguagem, a ciência e a filosofia.<br />
<br />
Exemplos belíssimos ciência são a formação da tabela periódica e o modelo padrão de partículas. No início destas classificações, havia a dúvida sobre o que nos formava. Na medida em que os elementos (partículas) foram sendo descobertas, estas dúvidas foram sendo preenchidas, até um momento em que um grande número se apresentava, ainda em desordem. A ordem foi buscada e encontrada, formando a tabela periódica e o modelo padrão.<br />
<br />
Nisso fica exposto que somos uma aberração da natureza. Enquanto ela avança para a desordem, nós queremos organizar tudo, entre coisas e idéias, sempre às custas de energia, nos dois sentidos, físico e humano.<br />
<br />
Se um dia a humanidade se extinguir, o trabalho da humanidade acumulado por todas as gerações poderá ter sido em vão. O universo perderá seu único competidor conhecido.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-35959066411557647012014-06-25T07:41:00.004-07:002014-06-25T12:12:02.986-07:00Comentários de Leitura - Uncertainty: The Life and Science of Werner HeisenbergSeguem alguns comentários sobre o livro <i>Uncertainty: The Life and Science of Werner Heisenberg</i>, de David C. Cassidy publicado em 1993.<br />
<br />
O livro é um relato biográfico da vida de Werner Heisenberg, descobridor, entre outras coisas, da mecânica quântica matricial e do princípio de incerteza que leva seu nome. A história de Heisenberg se destaca entre as de seus colegas, não só pela sua genialidade, mas também pelos conflitos morais que sua dedicação pela ciência alemã dentro do regime nazista lhe impuseram. A questão moral mais saliente, foi o seu papel como um dos principais cientistas do projeto nuclear alemão, e os motivos que preveniram o seu sucesso na construção de uma bomba atômica.<br />
<br />
O livro apresenta um relato esclarecedor do contexto que envolveu a criação de Heisenberg. Conta como a família prezava pela ascensão social e como o pai se preocupava com as dificuldades de se encontrar uma posição na vida acadêmica. Mostra também o papel que a competição entre os dois irmãos, incentivada pelo pai, teve no direcionamento para a matemática.<br />
<br />
Por fim, fica claro a influência da cultura de "apolitismo" que vingava no meio científico alemão nos constantes atrasos e fraquezas das decisões éticas de Heisenberg.<br />
<br />
Pessoalmente, dadas as minhas origens, o livro foi fascinante, ao relatar a história e o contexto alemão antes da I guerra mundial. A cultura e os comportamentos daquela época são aqueles trazidos para o Brasil por meus ascendentes.<br />
<br />
Fica minha recomendação de leitura. Abaixo, coloco alguns comentários sobre partes específicas do livro.<br />
<br />
<br />
Comentário: O autor enfatiza que a família de Heisenberg, em especial seu avô e pai, estavam em constante busca de ascensão social. No entanto não deixa claro de onde esta busca se origina e não a questiona, não ficando claro se ela era de fato nutrida pelos Heisenberg´s ou se é um reflexo das aspirações do próprio autor.<br />
<br />
Conceito interessante: "wander year", que o avô paterno de Werner tomou como rito de passagem após concluir a formação de chaveiro. Interessante que este ano parece ter dado lucro, uma vez que o texto afirma que ele "obviamente se saiu bem, comprando na volta o seu negócio, casa e celeiro". pg 4<br />
<br />
Trecho de destaque: "When Wilhelm died in 1913, August (...) wrote of the 'sincerest and most trusting relationship' that he had enjoyed with his father 'continuously from childhood on, until the very last... In everything that I have in life, he stood by me with his cousel, and whatever I succeeded in doing pleased me, because it pleased him. ' " pg 5<br />
<br />
Fato interessante: O uso de jogos pelo pai para ajudar a resolver as dificuldades matemáticas do irmão despertou em Werner a consciência de sua habilidade e gosto (interesse) pela matemática. pg 14<br />
<br />
Trecho de destaque. Sobre o compromisso com a democracia (ou a falta dele) e sobre a futilidade da atuação solitária: "Com o regime em controle do aparato legal e com a SA (<span style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.399999618530273px;"> </span><i style="background-color: white; color: #252525; font-family: sans-serif; font-size: 14px; line-height: 22.399999618530273px;"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Sturmabteilung" style="background: none; color: #0b0080; text-decoration: none;" title="Sturmabteilung">Sturmabteilung</a></i>) em controle das ruas, talvez a oposição mais efetiva que Heisenberg e outros acadêmicos poderiam ter lançado naqueles primeiros meses teria sido a mobilização política das classes média e média-alta contra o regime e suas políticas. Mas dada a popularidade inicial do regime, oposição teria sido possível apenas se tivesse sido mobilizada muito antes de 1933. Isso teria exigido uma sensibilidade política e um comprometimento com a democracia que não existia. Professores que individualmente tentavam despertar uma oposição democrática forma considerados como exemplos da futilidade do protesto individual - precisamente porque estavam sozinhos"<br />
pg 305<br />
<br />
Trecho de destaque. Sobre a opinião de Planck, que influenciou Heinsenberg diretamente:<br />
"Plank, no entanto, recusou; sua visão da política o levou a acreditar que seus protestos passariam sem ser reportados e que seus cargos seriam preenchidos por uma ralé desmerecedora - um dano ainda maior para a profissão em sua pátria amada." pg 306Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-81739723551294361652014-05-07T19:26:00.002-07:002014-05-07T19:34:39.403-07:00 Chet Baker: A Taste of HoneyNada como uma meia luz, um copo de algum líquido enebriante e Chet Baker para encerrar a noite.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/c9xv7W_dg5Y/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="https://youtube.googleapis.com/v/c9xv7W_dg5Y&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="https://youtube.googleapis.com/v/c9xv7W_dg5Y&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<br />Winds may blow over the icy sea<br />I'll take with me the warmth of thee<br />A taste of honey<br />A taste much sweeter than wine<br /><br />I will return<br />I'll return<br />I'll come back for the honey and you<br /><br />I'll leave behind my heart to wear<br />And may it e'er remind you of<br />A taste of honey<br />A taste much sweeter than wine<br /><br />I will return<br />I'll return<br />I'll come back for the honey and you<br /><br />He ne'er came back to his love so fair<br />And so she died dreaming of his kiss<br />His kiss of honey<br />A taste more bitter than wine<br /><br />I will return<br />I will return<br />I'll come back for the honey and you<br />I'll come back for the honey and youUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-21990265940131115982013-08-22T15:32:00.000-07:002013-08-22T15:39:12.462-07:00Blitz und Donner!Oh! Blitz und Donner!<br />
Fallen auf mich und verfluche mich, weil ich versagt.<br />
<br />
Ich versagt um glücklich sein. Ich versagt bei der Ernte.<br />
Die Zeit verging und die Ernte ist ruiniert.<br />
<br />
Oh! Gottër auf Krieg, Liebe und Gerechtigkeit!<br />
Dass meines Versagens Asches kann in der Zukunft so schöne und viszeralen Träume als die die ich in diese großartige und abscheulichen Tag hatte zu ernähren.<br />
<br />
<br />
<br /><br />Oh! Raios e trovões!<br />Caiam sobre mim e me amaldiçoem pois eu falhei.<br /><br />Falhei em ser feliz.<br />Falhei na colheita.<br />O tempo passou e a colheita está arruinada.<br /><br /><div>
Oh! Deuses da guerra, do amor e da justiça!<br />Que as cinzas da minha falha possam, no futuro, alimentar um sonho tão belo e visceral como o que tive neste dia terrível e maravilhoso.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-15910657653736991712013-07-12T11:12:00.003-07:002013-07-12T11:14:27.828-07:00Discurso de Malala<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">This is a transcription of the <a href="http://www.ndtv.com/article/world/highlights-malala-yousafzai-addresses-un-391417">speech</a> that Malala Yousafzai gave to the <a href="http://www.guardian.co.uk/world/unitednations">United Nations</a> on 12 July 2013, the date of her 16th birthday and "<a href="http://www.guardian.co.uk/world/2013/jul/12/malala-yousafzai-calls-free-education">Malala Day</a>" at the UN.<br /><br /><br />In the name of God, the most beneficent, the most merciful.<br /><br /><br />Honorable UN Secretary General Mr Ban Ki-moon, respected president of the General Assembly Vuk Jeremic, honorable UN envoy for global education Mr Gordon Brown, respected elders and my dear brothers and sisters: Assalamu alaikum.<br /><br /><br />Today is it an honor for me to be speaking again after a long time. Being here with such honorable people is a great moment in my life and it is an honor for me that today I am wearing a shawl of the late Benazir Bhutto. I don't know where to begin my speech. I don't know what people would be expecting me to say, but first of all thank you to God for whom we all are equal and thank you to every person who has prayed for my fast recovery and new life. I cannot believe how much love people have shown me. I have received thousands of good wish cards and gifts from all over the world. Thank you to all of them. Thank you to the children whose innocent words encouraged me. Thank you to my elders whose prayers strengthened me. I would like to thank my nurses, doctors and the staff of the hospitals in Pakistan and the UK and the UAE government who have helped me to get better and recover my strength.<br /><br /><br />I fully support UN Secretary General Ban Ki-moon in his <a href="http://www.globaleducationfirst.org/">Global Education First Initiative</a> and the work of UN Special Envoy for Global Education Gordon Brown and the respectful president of the UN General Assembly Vuk Jeremic. I thank them for the leadership they continue to give. They continue to inspire all of us to action. Dear brothers and sisters, do remember one thing: Malala Day is not my day. Today is the day of every woman, every boy and every girl who have raised their voice for their rights.<br /><br /><br />There are hundreds of human rights activists and social workers who are not only speaking for their rights, but who are struggling to achieve their goal of peace, education and equality. Thousands of people have been killed by the terrorists and millions have been injured. I am just one of them. So here I stand. So here I stand, one girl, among many. I speak not for myself, but so those without a voice can be heard. Those who have fought for their rights. Their right to live in peace. Their right to be treated with dignity. Their right to equality of opportunity. Their right to be educated.<br /><br /><br />Dear friends, on 9 October 2012, the Taliban shot me on the left side of my forehead. They shot my friends, too. They thought that the bullets would silence us, but they failed. And out of that silence came thousands of voices. The terrorists thought they would change my aims and stop my ambitions. But nothing changed in my life except this: weakness, fear and hopelessness died. Strength, power and courage was born.<br /><br /><br />I am the same Malala. My ambitions are the same. My hopes are the same. And my dreams are the same. Dear sisters and brothers, I am not against anyone. Neither am I here to speak in terms of personal revenge against the Taliban or any other terrorist group. I am here to speak for the right of education for every child. I want education for the sons and daughters of the Taliban and all the terrorists and extremists. I do not even hate the Talib who shot me. Even if there was a gun in my hand and he was standing in front of me, I would not shoot him. This is the compassion I have learned from Mohammed, the prophet of mercy, Jesus Christ and Lord Buddha. This the legacy of change I have inherited from Martin Luther King, Nelson Mandela and Mohammed Ali Jinnah.<br /><br /><br />This is the philosophy of nonviolence that I have learned from Gandhi, Bacha Khan and Mother Teresa. And this is the forgiveness that I have learned from my father and from my mother. This is what my soul is telling me: be peaceful and love everyone.<br /><br /><br />Dear sisters and brothers, we realize the importance of light when we see darkness. We realize the importance of our voice when we are silenced. In the same way, when we were in Swat, the north of Pakistan, we realized the importance of pens and books when we saw the guns. The wise saying, "The pen is mightier than the sword." It is true. The extremists are afraid of books and pens. The power of education frightens them. They are afraid of women. The power of the voice of women frightens them. This is why they killed 14 innocent students in the recent attack in Quetta. And that is why they kill female teachers. That is why they are blasting schools every day because they were and they are afraid of change and equality that we will bring to our society. And I remember that there was a boy in our school who was asked by a journalist why are the Taliban against education? He answered very simply by pointing to his book, he said, "a Talib doesn't know what is written inside this book."<br /><br /><br />They think that God is a tiny, little conservative being who would point guns at people's heads just for going to school. These terrorists are misusing the name of Islam for their own personal benefit. Pakistan is a peace loving, democratic country. Pashtuns want education for their daughters and sons. Islam is a religion of peace, humanity and brotherhood. It is the duty and responsibility to get education for each child, that is what it says. Peace is a necessity for education. In many parts of the world, especially Pakistan and Afghanistan, terrorism, war and conflicts stop children from going to schools. We are really tired of these wars. Women and children are suffering in many ways in many parts of the world.<br /><br /><br />In India, innocent and poor children are victims of child labor. Many schools have been destroyed in Nigeria. People in Afghanistan have been affected by extremism. Young girls have to do domestic child labor and are forced to get married at an early age. Poverty, ignorance, injustice, racism and the deprivation of basic rights are the main problems, faced by both men and women.<br /><br /><br />Today I am focusing on women's rights and girls' education because they are suffering the most. There was a time when women activists asked men to stand up for their rights. But this time we will do it by ourselves. I am not telling men to step away from speaking for women's rights, but I am focusing on women to be independent and fight for themselves. So dear sisters and brothers, now it's time to speak up. So today, we call upon the world leaders to change their strategic policies in favor of peace and prosperity. We call upon the world leaders that all of these deals must protect women and children's rights. A deal that goes against the rights of women is unacceptable.<br /><br /><br />We call upon all governments to ensure free, compulsory education all over the world for every child. We call upon all the governments to fight against terrorism and violence. To protect children from brutality and harm. We call upon the developed nations to support the expansion of education opportunities for girls in the developing world. We call upon all communities to be tolerant, to reject prejudice based on caste, creed, sect, color, religion or agenda to ensure freedom and equality for women so they can flourish. We cannot all succeed when half of us are held back. We call upon our sisters around the world to be brave, to embrace the strength within themselves and realize their full potential.<br /><br /><br />Dear brothers and sisters, we want schools and education for every child's bright future. We will continue our journey to our destination of peace and education. No one can stop us. We will speak up for our rights and we will bring change to our voice. We believe in the power and the strength of our words. Our words can change the whole world because we ware all together, united for the cause of education. And if we want to achieve our goal, then let us empower ourselves with the weapon of knowledge and let us shield ourselves with unity and togetherness.<br /><br /><br />Dear brothers and sisters, we must not forget that millions of people are suffering from poverty and injustice and ignorance. We must not forget that millions of children are out of their schools. We must not forget that our sisters and brothers are waiting for a bright, peaceful future.<br /><br /><br />So let us wage, so let us wage a glorious struggle against illiteracy, poverty and terrorism, let us pick up our books and our pens, they are the most powerful weapons. One child, one teacher, one book and one pen can change the world. Education is the only solution. Education first. Thank you.<br /><br /><br />Fonte: <a href="http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2013/jul/12/malala-yousafzai-united-nations-education-speech-text">The Guardian</a></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-50573233688548935362013-03-28T18:03:00.001-07:002013-03-28T18:04:21.050-07:00Policiais Poetas<br />
<span style="font-size: large;">Poema</span><br />
<br />
Já era quase madrugada<br />
Neste querido Riacho Fundo<br />
Cidade muito amada<br />
Que arranca elogios de todo mundo<br />
O plantão estava tranqüilo<br />
Até que de longe se escuta um zunido<br />
E todos passam a esperar<br />
A chegada da Polícia Militar<br />
Logo surge a viatura<br />
Desce um policial fardado<br />
Que sem nenhuma frescura<br />
Traz preso um sujeito folgado<br />
Procura pela Autoridade<br />
Narra a ele a sua verdade<br />
Que o prendeu sem piedade<br />
Pois sem nenhuma autorização<br />
Pelas ruas ermas todo tranquilão<br />
Estava em uma motocicleta com restrição<br />
A Autoridade desconfiada<br />
Já iniciou o seu sermão<br />
Mostrou ao preso a papelada<br />
Que a sua ficha era do cão<br />
Ia checar sua situação<br />
O preso pediu desculpa<br />
Disse que não tinha culpa<br />
Pois só estava na garupa<br />
Foi checada a situação<br />
Ele é mesmo sem noção<br />
Estava preso na domiciliar<br />
Não conseguiu mais se explicar<br />
A motocicleta era roubada<br />
A sua boa fé era furada<br />
Se na garupa ou no volante<br />
Sei que fiz esse flagrante<br />
Desse cara petulante<br />
Que no crime não é estreante<br />
Foi lavrado o flagrante<br />
Pelo crime de receptação<br />
Pois só com a polícia atuante<br />
Protegeremos a população<br />
A fiança foi fixada<br />
E claro não foi paga<br />
E enquanto não vier a cutucada<br />
Manteremos assim preso qualquer pessoa má afamada<br />
Já hoje aqui esteve pra testemunhá<br />
A vítima, meu quase chará<br />
Cuja felicidade do seu gargalho<br />
Nos fez compensar todo o trabalho<br />
As diligências foram concluídas<br />
O inquérito me vem pra relatar<br />
Mas como nesta satélite acabamos de chegar<br />
E não trouxemos os modelos pra usar<br />
Resta-nos apenas inovar<br />
Resolvi fazê-lo em poesia<br />
Pois carrego no peito a magia<br />
De quem ama a fantasia<br />
De lutar pela Paz ou contra qualquer covardia<br />
Assim seguimos em mais um plantão<br />
Esperando a próxima situação<br />
De terno, distintivo, pistola e caneta na mão<br />
No cumprimento da fé de nossa missão<br />
<br />
Riacho Fundo, 26 de Julho de 2011<br />
Del REINALDO LOBO<br />
63.904-4<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Versos de outro poema</span><br />
<br />
Recolhemos a tal arma<br />
sem força ou resistência<br />
O velho cumpriu o trato<br />
Sem gastar uma insistência<br />
O velho nunca mais vi<br />
Deve estar por ai<br />
Em paz com a consciência<br />
<br />
Em memória daquele velho da distante joazeiro<br />
Que entregou tão bela arma<br />
Sem querer glória ou dinheiro<br />
Fiz esse relato em verso.<br />
Ao doutor delegado peço<br />
Que o receba, por derradeiro.<br />
O autor é um soldado de Contagem, não identificado nas reportagens.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-58696367187763384332012-12-18T14:05:00.000-08:002012-12-18T14:05:08.040-08:00Óleo de RícinoPelo ódio sou movido.<br />
Como a graxa que desemperra a engrenagem.<br />
Como a chuva que desmorona o barranco.<br />
<br />
O ódio é o meu óleo de rícino.<br />
Ruim de engolir, mas lubrifica<br />
e faz a merda toda sair.<br />
<br />
Aliviado,<br />
O ódio me dilata as pupilas<br />
Me foca no presente<br />
Estraçalha as dúvidas.<br />
<br />
Enfim, como se diz,<br />
Cagado, sim,<br />
mas feliz.<br />
<br />
Muito ódio pra você neste ano que se aproxima.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-66924028828525979292012-12-11T16:47:00.000-08:002012-12-11T16:50:35.971-08:00Gente FeiaGente feia.<br />
Trabalhadora, sim,<br />
mas feia.<br />
<br />
Nós, os branquinhos,<br />
bonitinhos,<br />
cheirosinhos<br />
não gostamos de gente feia.<br />
<br />
Feia e pobre.<br />
Sonhadores!<br />
Marias de Milton!<br />
mas feios.<br />
<br />
Somos mais<br />
arrumadinhos,<br />
limpinhos<br />
e mimadinhos<br />
que eles.<br />
<br />
Eles são feios<br />
pobres<br />
ridículos<br />
lutadores<br />
sofredores<br />
<br />
Brutos, suados<br />
intensos, sexuais<br />
humildes, simples<br />
sinceros, naturais<br />
<br />
gado.<br />
feio.<br />
<br />
na máquina,<br />
são touros e vacas<br />
indo para o abatedouro<br />
todos os dias,<br />
cumprindo a missão e o dever.<br />
<br />
Nós não.<br />
Certinhos, santinhos,<br />
estéreis, asféricos.<br />
<br />
Nós somos lindos!<br />
nós somos demais!<br />
<br />
Nós somos Poddles!<br />
E adoramos abanar o rabo<br />
para nossa dondoca,<br />
o consumo do fútil.<br />
<br />
Poddles<br />
pimpolhos<br />
pulando<br />
pelo<br />
parque<br />
<br />
Para nosso bem, nunca saímos sem coleira.<br />
Temos nosso cocozinho<br />
ajuntado pela dondoquinha.<br />
Comemos ração de primeira.<br />
<br />
Morreremos velhos<br />
gordos<br />
e pintados.<br />
Sim, nossa dondoquinha<br />
teve a idéia com as amigas,<br />
de pintar nossos caxos!<br />
Não é demais?<br />
<br />
Eles, feios.<br />
Nós, cor-de-rosa.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-6554272326026350852012-11-25T14:44:00.000-08:002012-11-25T14:44:58.949-08:00Monstros de Aço<div style="text-align: center;">
Monstros de aço!</div>
<div style="text-align: center;">
Porque assombram nossas cabeças com seus rugidos </div>
<div style="text-align: center;">
monótonos, ininterruptos e barulhentos?</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Ameaçadores, </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Alazões alados,</div>
<div style="text-align: center;">
só que feios e desengonçados.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Arautos do privilégio </div>
<div style="text-align: center;">
dos que fogem do incômodo,</div>
<div style="text-align: center;">
incomodando os já tão incomodados.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Por favor, não caiam sobre nós!</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Antes, virem</div>
<div style="text-align: center;">
borboletas.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-50414225450194170122012-11-21T18:25:00.000-08:002012-11-21T18:28:15.181-08:00A Morte e o SilêncioCerta vez escrevi uma frase sobre a necessidade de se calar em certas circunstâncias:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
“Diante dos sentimentos mais profundos de outra pessoa, as palavras podem ser como oferecer um punhado de merda para uma princesa esplendorosa.”</div>
<br />
Hoje, lendo um livro do Rubem Alves "Pimentas: para provocar um incêndio, não é preciso fogo", me deparei com um conto lindo e triste, chamado "A Dor da Morte", que me lembrou desta frase. Segue a transcrição dele, para que tenham as próprias impressões.<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: large;">46. A Dor da Morte</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;">Nos breves intervalos em que a chuva parava de cair e os raios de sol se infiltravam pelas nuvens, o arco-íris aparecia levando os homens a se lembrar da promessa que Deus fizera depois do dilúvio: ele nunca mais permitiria que as águas destruíssem a vida. Mas parece que ele se esquecera. A chuva caía sem parar alagando campos, inundando cidades, derrubando casas, matando gente e bichos.</span> </blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Ele era um menino de 14 anos, feliz, que gostava de viver. Filho único, morava em Floripa. Como todos os meninos e meninas, ele deveria ir à escola naquele dia porque a chuva não estava tão forte assim. E andar na chuva é uma arte que dá alegria às crianças.</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Chegou a hora do recreio, tempo livre para brincar. A chuva voltou mais forte, com raios e trovões. Havia um lugar abrigado da chuva, uma marquise, construída fazia três semanas. Era uma cobertura de cimento, planejada por engenheiros que sabiam o que estavam fazendo. Sólida. Ele se abrigou sob a marquise para ver a chuva. Mas a marquise, ignorando ferro e cimento, caiu sobre ele, esmagando-o. Agora, no seu lugar, resta uma dor que nenhuma palavra pode conter.</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">A morte faz calar as palavras. São inúteis. Servem para nada. Somente os tolos tentam consolar. Eles não sabem que as palavras de consolo, brotadas das mais puras intenções, são ofensas à dor da pessoa golpeada pela morte. Porque elas, as palavras de consolo, são ditas no pressuposto de que elas têm poder para diminuir o vazio que a morte deixou. Como se a pessoa que a morte levou não fosse tão importante assim e algumas palavras pudessem diminuir a dor que sua morte deixou.</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Mas não há palavra ou poema que possa com as únicas palavras que a morte deixa escritas:"nunca mais". Nada existe de mais definitivo e mais doloroso que esse "nunca mais...".</span><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Bem fizeram os amigos de Jó que o visitaram com o intuito de consolá-lo na sua desgraça. O texto bíblico descreve o que aconteceu:</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;"><i>"Quando eles de longe o viram, eles não o reconheceram; e eles levantaram suas vozes e choraram. e eles se assentaram com ele no chão durante sete dias e sete noites, e nenhum dele lhe disse uma palavra sequer, porque viram que o seu sofrimento era muito grande"</i> (Jó 2.13).</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Todos os amigos querem diminuir o sofrimento da mãe. Cercam-na com palavras que, pensam eles, trarão algum consolo. Mas que palavra ou poema poderá substituir o seu filho? E a chamam ao telefone para dizer-lhe suas palavras doces e cheias das intenções mais puras. Mas a pureza das intenções não garante a sua sabedoria. E aí, à dor da morte do filho, acrescenta-se uma outra dor: a mãe é obrigada a ouvir os consoladores delicada e pacientemente, com sorrisos de agradecimento... Mas são tantos os consoladores e eles cansam tanto...</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Gestos de consolo, lembro-me de um que me comoveu. Eu vivia em Nova York com minha família. Aí o pai da minha esposa foi morto num acidente, no Brasil. Ao abrir a porta do apartamento, no chão estava um buquê de flores. Aquele que o trouxera se retirara em silêncio. Não tocara a campainha. Mas deixara um bilhete onde estava escrito: "Não quis perturbar a sua dor..."</span></blockquote>
<blockquote>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Rubem Alves</span></blockquote>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-26398790333247344772012-10-31T21:41:00.000-07:002014-11-07T19:03:25.842-08:00O IncêndioO fogo lambia com rapidez o chão onde estavam mas elas não se mexiam. Pareciam mortas. Eram consumidas às carreiras e não se moviam um milímetro do lugar. Eu, ao longe, sentia o cheiro da fumaça e o calor. As últimas baforadas de calor que elas seriam capazes de transmitir vinham da queima de sua própria substância material. Não era essa a ideia de calor que seu criador idealizara inicialmente. O mundo não é justo mesmo, nem para as palavras. Hoje queimei um livro.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-88217244997972990262012-10-28T20:35:00.002-07:002012-10-28T20:35:54.073-07:00TheyWhen they shine<br />
the world fades.<br />
<br />
when you smile<br />
the time stops.<br />
<br />
Together, your mouth and eyes<br />
are the beginning and the end.<br />
<br />
are all that´s left<br />
all that ever were.<br />
<br />
Your eyes,<br />
when shine.<br />
<br />
Your mouth,<br />
when smiles.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-81239876671638428102012-10-19T17:06:00.002-07:002014-11-07T19:14:02.855-08:00O Quarto<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 1 - O Canto</span><br />
<br />
Vestida apenas com um curto e sujo vestidinho, e mais nada, ela brinca agachada num canto de um quarto escuro. Brinca com seu único brinquedo, uma boneca pequena e velha.<br />
<br />
A planta dos pés descalços sobre o chão frio, duro e áspero. Com a cabeça alojada entre os joelhos, ela visualiza tudo o que conhece: seu brinquedo esfarrapado. Nada mais se vê à sua volta, além do negro difuso.<br />
<br />
Mas um dia ela ouve na escuridão um barulho estranho e eis que surge do nada um trenzinho de brinquedo, se locomovendo pelo chão.<br />
<br />
Enquanto ele dá uma volta nela, num impulso que mistura medo e curiosidade, ela solta a boneca, pega o trenzinho nas mãos e observa seu funcionamento. Depois, o coloca de volta no chão e ele continua seu rumo à escuridão. Ao perceber que ele está se afastando, ela engatinha um pouco para alcançá-lo, mas não consegue. Não quer abandonar o único brinquedo que conhecia até então. Na mente da menina nasce a pergunta: "Será que têm mais alguma coisa além de mim nessa escuridão?"<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 2 - O Assoalho</span><br />
<br />
Após um certo tempo de dúvida a menina decide se aventurar em direção à escuridão. Ela se levanta e dá seu primeiro passo. Nisso ela descobre algo interessante. Por onde ela caminha, uma luz a acompanha, iluminando à ela e onde ela já esteve. A escuridão foge à sua presença, e não volta mais.<br />
<br />
Isso a enche de esperanças, e ela decide caminhar mais. Se surpreende quando percebe que o chão frio deu lugar à um lindo assoalho de madeira. Muito mais quente e confortável de pisar do que o chão de cimento. Ela olha para trás e vê, sem saudades, o seu cantinho frio.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 3 - O Cabideiro</span><br />
<br />
Caminhando mais um pouco, ela abre os braços e esbarra em algo. É um cabideiro. Aos pés dele, estão lindos sapatinhos de boneca. Pendurado nele está um conjunto de roupas de menina, incluindo roupa de baixo, um lindo vestido florido e até um chapéu de tecido, daqueles de amarrar, branco com pequenas flores rosas e amarelas.<br />
<br />
Ela decide por de lado seu vestido velho e vestir as roupas novas. Ela olha para si mesma, e gosta do que vê. Uma nova percepção a surpreende, pois sua pele está limpa, macia e cheirosa. De olhos fechados, ela sorri, de simples contentamento consigo mesma.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 4 - A Escrivaninha</span><br />
<br />
Andando mais um pouco, surgem dois objetos em sua frente, uma escrivaninha com sua cadeira. São muito grandes para ela, mas mesmo assim, com um certo esforço, ela sobe na cadeira e espia sobre a mesa. Lá estão uma folha de papel e uma caneta. Em pé sobre a cadeira, ela não consegue evitar o impulso de escrever -- Meu nome é ... -- Ao escrever seu nome na folha, outra coisa estranha acontece. Ela toma novo conhecimento de seu corpo e se apercebe maior. Agora ela não é mais pequena para a escrivaninha, e está sentada naturalmente sobre a cadeira. Ainda sendo criança, agora ela diz -- Eu cresci!<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 5 - O Tapete de Brinquedos</span><br />
<br />
Ela se levanta da cadeira e decide explorar mais a escuridão. De repente, ela quase tropeça em algo. Ao olhar para baixo, percebe que é um tapete. Ao olhar para cima, tudo o que está sobre o tapete se ilumina. Seu espanto é enorme, pois sobre ele estão um montão de brinquedos. Cavalinhos de pau, casinhas-de-boneca, piões e trenzinhos percorrendo trilhos malucos. Têm até um mini-carrossel, girando com suas luzes. Num lado têm também bolas de vários tipos. De futebol, basquete, tênis, pigue-pongue, e tacos e raquetes de vários esportes. Num outro lado ela vê instrumentos musicais de todos os tipos, trompete, violino, flauta, violão, piano e cravo. Tudo pronto para ser usado por ela. A boneca velha ficou para trás na cadeira da escrivaninha. Com o que será que ela vai brincar?<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 6 - A Gangorra</span><br />
<br />
Depois de tocar um pouco de flauta, jogar iô-iô, e, claro, dar voltas no carrossel até não conseguir mais, ela deita no tapete, cansada mas feliz. Quando está quase cochilando, ouve um barulho estranho, vindo de um lado do tapete que não tinha explorado. -- Tum-tum. -- Ela ouve --Tum-tum-tum-- E então uma voz de menino diz -- Droga, sozinho não vai dar. Ela se levanta e caminha em direção ao barulho e à voz. Eis que atrás de um escorregador em forma de dinossauro, está um menino emburrado, tentando brincar sozinho numa gangorra. -- Olá -- diz a menina. O menino levanta a cabeça assustado e diz -- Nossa! Que susto! Achei que era o único por aqui. -- É, eu também -- diz a menina, um pouco tímida. O garoto sorri para ela e, reconhecendo uma amiga, a convida -- Você não quer brincar de gangorra comigo? Sozinho está muito chato -- É claro, ela diz. E assim os dois se divertem à beça na gangorra. A menina pergunta para ele de onde ele veio. Ele diz que só lembrava que estava num canto escuro, brincando com umas bolinhas de gude, quando de repente passou um helicóptero zumbindo por cima de sua cabeça. Daí ele tentou ir atrás do helicóptero e, depois de caminhar por muitos lugares estranhos, acabou chegando no tapete. -- É, comigo aconteceu algo parecido, só que foi um trenzinho.-- Disse a menina. -- Nossa, como será que eles foram parar lá? -- Disse o menino. -- Não sei-- disse a menina-- Quando te vi, achei que talvez você tivesse mandado o trenzinho para fora do tapete. E respondeu o menino -- Não, não fui eu. Após um tempo de silêncio, o menino disse -- O que acha de aproveitarmos que estamos em dois e brincarmos com os outros brinquedos? E assim eles fizeram, aproveitando muito mais todos eles, agora que tinham a companhia um do outro. Do tapete agora se ouvem as risadas e os gritos de alegria de duas crianças, despreocupadas, felizes.<br />
<br />
<div>
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 7 - A cama</span><br />
<br />
Os dois passam horas e horas nas brincadeiras. Se divertem à beça e um ensina ao outro as brincadeiras que conhecem. Um dia, andando pela borda do tapete, avistam um objeto branco iluminado entre a escuridão. Eles decidem andar na direção do objeto. O pouco de receio de se afastar do tapete é dissipado pela luz que continua a iluminar o caminho percorrido por eles. Chegando mais perto, ficam em dúvida se é uma cama, pois é muito alta. -- Será que existem gigantes por aqui? Ele pergunta. Ela avisa que não sabe encolhendo os ombros e eles partem para tentar entender melhor o que é aquilo. Ao darem a volta no objeto, encontram uma ponta do cobertor que vai até o chão. Sim, é uma cama e eles decidem escalar o cobertor para chegar em cima dela. Lá em cima encontram o resto do cobertor e dois travesseiros, todos gigantescos. Mesmo parecendo um pouco duro, eles deitam no colchão e usam uma das bordas do cobertor como apoio para a cabeça. Cansados da escalada, o sono toma conta e eles adormecem. Ao acordarem, tomam um susto. Eles estão do tamanho da cama. Os travesseiros, o cobertor, tudo encolheu. Ou será que foram eles que cresceram? Não, foi a cama que encolheu mesmo. Eles descem dela facilmente e voltam ao tapete para continuar a brincar. Agora eles têm um lugar mais confortável para descansar e apoiar a cabeça no ombro do outro.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio 8 - As Paredes</span><br />
<br />
No tapete, as brincadeiras continuam. No entanto, a essa altura, eles já sabem quais são seus brinquedos favoritos. Brincam com eles horas a fio, sem enjoar. Sem que percebam, a cada dia estes brinquedos estão mais perto da cama. Com isso, acabam deixando de andar pelo resto do tapete. Seus percursos diários se restringem cada vez mais ao entorno da cama. Eles não notam, mas uma estrutura se forma e torno deles com o passar do tempo. Por fim, o que os envolve são paredes. Aconchegantes. Isolantes. O quarto de fechou em torno deles, e as paredes os separam do resto do mundo. Mas eles não notam pois pouco se importam. Tudo o que lhes é precioso está presente ali naquele recinto.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Episódio Final - O Sótão</span><br />
<br />
Certo dia, antes de irem dormir, o menino afastou os cabelos brancos da menina, a beijou na testa e desejou boa noite. De manhã, quando ela acordou, não viu o menino no quarto. O que viu foi uma portinhola aberta no teto, e uma escada que se estendia da abertura ao chão. Uma luz estranha vinha do buraco. O menino deve ter subido por ali... A menina olhou para os brinquedos velhos, desapegada, e subiu até o último degrau da escada. Chegando lá, uma visão fantástica a atingiu. Ao redor dela estava todo o universo. A luz que ela tinha visto lá de baixo vinha das estrelas. Estrelas, nebulosas, e planetas, que formavam galáxias, e conglomerados fantásticos. Ela nunca tinha contemplado paisagens assim. Querendo ver as estrelas mais de perto, ela, ingenuamente, deu um pequeno impulso para cima com os pés. Imediatamente, o alçapão desapareceu, a gravidade deixou de atuar sobre seu corpo e ela se esqueceu de tudo. Solta, leve, flutuando pelo espaço, ela passou a viajar sorrindo em admiração por entre as estrelas.<br />
<br />
FIM</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-73542672895044487452012-08-29T05:53:00.000-07:002012-08-29T05:59:20.365-07:00Ode ao Motorista de Ônibus ApressadoÓ, Santo Motorista Apressado!<br />
Benditos sejam vossos dias<br />
sobre as rodas aro 18.<br />
<br />
Que os pontos das vossas multas<br />
desapareçam de vossa carteira de habilitação<br />
e que o fogo de vossa sanha assassina<br />
nunca se extingua.<br />
<br />
Para que vossas bençãos<br />
continuem caindo sobre nós:<br />
<br />
As santas curvas fechadas,<br />
as ungidas arrancadas expetaculares,<br />
e, especialmente,<br />
as milagrosas freiadas bruscas.<br />
<br />
Amém.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-12206708989352546642012-05-15T22:05:00.000-07:002014-11-07T19:15:45.067-08:00I Just Don´t Know<br />
I know she is in<br />
as in as any one could be <br />
But, what´s in-side her?<br />
I just don´t now<br />
<br />
Better say she is on<br />
but the line is wide<br />
and what is she?<br />
I just don´t know<br />
<br />
I know she is strong<br />
More strong than many guys could be<br />
but what does she want?<br />
I just don´t know.<br />
<br />
I know she loves the world<br />
I bet of hating she isn´t free<br />
But what does she fear?<br />
I just don´t know.<br />
<br />
I know her life is open<br />
its plentyness is widely known<br />
but what does she hide<br />
I just don´t know<br />
<br />
And, after all,<br />
what is the big deal<br />
in not knowing things<br />
when we are a world of unknowns?<br />
<br />
Abril de 2011<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-78971608689947355452012-04-13T07:29:00.002-07:002012-04-16T18:27:59.323-07:00Um dos motivos pelo qual não sou mais Farmacêutico.<br />
Hoje me deparei com um <a href="http://pijamasurf.com/2011/02/premio-nobel-de-medicina-farmaceuticas-bloquean-farmacos-que-curan-porque-no-son-rentables/">artigo</a> de um ganhador do prêmio Nobel de medicina que afirmava que as indústrias farmacêuticas deixam de produzir remédios que curam de fato, dando preferência aos que cronicalizam as doenças, como forma de manter e aumentar os lucros. Este artigo é muito sério, e me toca especialmente pois está relacionado com minhas escolhas profissionais. Abandonei a carreira de farmacêutico, entre outras coisas, por me deparar constantemente com a prevalência da lógica de mercado sobre a saúde e o bem estar da população. Esta cultura me causava um cansaço moral e um mal-estar constantes e acabei capitulando, escolhendo uma área, não sem dilemas éticos, mas que não envolve a saúde das pessoas e não é tão capitalizada. Depois de um tempo distante do meio, reconheço que houve covardia de minha parte em deixar de enfrentar e provocar as mudanças que eu achava necessárias.<br />
<br />
Desejo a todos os profissionais da saúde, e em especial aos meus amigos e colegas farmacêuticos, toda a força e coragem necessárias para enfrentar esta lógica perniciosa que nos é imposta. Não se deixem vender nem vencer. Busquem sempre a união um torno do que é certo!<br />
<br />
Um forte abraço,<br />
<br />
Igor Konieczniak<br />
<br />
PS.1 Não encontrei o artigo original, mas estou procurando, para comprovar a veracidade.<br />
PS.2 Confirmei a veracidade do artigo, via Twitter, com o jornalista que fez a entrevista.Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-48292851840640018062012-02-20T19:40:00.000-08:002014-11-07T19:20:54.160-08:00Todos os Homens São Mortais.Acabei de ler "Todos os Homens São Mortais", de Simone de Beavoir. Um livro angustiante, em especial para aqueles que pensam pouco na morte, na brevidade da vida. Não é o meu caso. Talvez por isso, me entediou a constante repetição da maldição dos personagens mortais. De novidade apenas o tédio do imortal. Será que um ser imortal se entediaria? No entanto, o efeito da mortalidade é mais conhecido, sobretudo nos que ainda não a sofreram. Em comum à todos o vazio da existência. Mas algumas das mortes são inspiradoras, e o imortal não os compreende por todo o livro. Como ser otimista quando se têm certeza da morte? Ainda assim a perspectiva otimista é a única viável. Sem ela a vida para ou torna-se insuportável. Será? Nunca teremos as respostas que precisamos. Mas, afinal, as precisamos para quê? Se gerações após gerações vivem e morrem à revelia do não surgimento destas respostas. O otimismo não faz sentido. Mas ainda é melhor que se <i>capture o dia</i>, do que apenas vê-lo passar.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-37291191541670879142011-02-25T19:26:00.001-08:002011-02-25T20:11:31.677-08:00Vale a pena combater diretamente?Existem muitas situações em que populações entram em conflito até que haja a dominação de uma sobre a outra. Falo de populações num sentido muito amplo. Populações de idéias contrárias, quando uma idéia pode desaparecer em favor de outra. Populações de pessoas, onde um grupo pode ser exterminado, em favor de outro, e chego até a incluir populações de microorganismos, sempre competindo entre si pelos nutrientes disponíveis.<br /><br />Pois bem. Para as populações de microorganismos, temos exemplos tácitos de que o ataque direto pode ser revertido em favor do atacado. Falo do caso das superbactérias. Quando uma infecção não é tratada com uma dose que mate necessariamente todos os microorgamos alvo, os poucos restantes poderão representar justamente a seleção de microoganismos resistentes àquele antibiótico. Casos parecidos também ocorrem em outras classes de populações, como por exemplo, a dos cristãos perseguidos no início da nossa era. As próprias revoltas populares atuais são exemplos claros (e felizes), de que o combate direto (pelos ditadores) é muitas vezes ineficiente.<br /><br />Fica a primeira lição. Se for atacar diretamente, que seja um ataque fulminante e total, com ampla margem de segurança para eliminar toda a população concorrente. Caso contrário, poderá ocorrer a seleção justamente dos elementos mais fortes e opositores e o problema dos atacantes terá aumentado.<br /><br />Mas nem sempre o ataque direto é possível ou desejável. Há alternativa? Talvez o ataque indireto. Aquele que diz "se não pode vencê-los, junte-se à eles". Mas isso não representa a pura e simples abdicação da luta pela prevalência de sua idéia (população). Não sei direito do que se trata. Talvez passe pela aceitação do direito de existência do outro, pela legitimidade histórica, de que se elas existem, já é suficiente para que tenham direito de existir ou ao menos de lutar pela continuação de sua existência.<br /><br />O ataque indireto talvez inclua também a desistência de uma luta por uma organização/estrutura, mas sim pelo alcance de seus objetivos. Assim, ao se perceber que a estrutura não ajuda ou até atrapalha o alcance dos objetivos iniciais, pode-se deixar de defendê-la. Quantos conflitos na história já não existiram por colocarem seu foco na existência de determinadas estruturas, quando o objetivo deveria estar acima delas, focado no ser humano?<br /><br />No âmbito pessoal, o convencimento de outros pelo seu ponto de vista é enormemente facilitado quando o ataque não é direto. No ataque direto, não se respeita o direito da outra pessoa ter uma opinião diferente da sua. Não se respeita portando a pessoa, e a discussão vira pessoal. Ao contrário, quando se usa o que seria o ataque indireto, o respeito ao direito de existência da opinião alheia, abre possibilidade de diálogo. Chega até ser possível que ambos cheguem a uma opinião diferente das duas iniciais, devido à troca de idéias.<br /><br />Outro exemplo, que suscitou a escrita deste texto, é o combate ao consumo de certos produtos, por questões ideológicas diversas. Quanto mais atenção o combate a eles causar, maior será a aparição do produto da mídia e mais ele será consumido. (<a href="http://roupasnovaral.wordpress.com/">Ver o post da @ticamoreno sobre a cerveja devassa</a>)<br /><br />Bom, mais uma idéia posta pra fora da cachola. Acho que vou ler mais sobre desobediência civil. Fui...Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-82752408883609627192010-10-18T00:05:00.000-07:002010-11-21T14:31:57.037-08:00On The Taste Of TearsI dreamed of you crying <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">tears rolling down your face</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">but there was no disgrace</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">'cause of joy we were as flying</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">those tears came out of consciousness</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">that you were really loved</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">And when I said “Truly beloved”</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">of your eyes vanished all darkness</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">By looking deeply inside those eyes</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">and those non stopping tears</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">couldn't avoid to kiss them softly</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">and salty liquid wet my lips</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">Then your eyes met mine</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">there I found myself loved to</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">and then I cried as well</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">my fears likewise dismissed</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">my tears running fast to my mouth</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">This time you kissed my tears</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">gently in my face</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">and I then kissed smoothly</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">your red and trembling lips</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">tears with tears, yours and mine</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">lips with lips, a timeless kiss </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US"><br /></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">and together we then tasted</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">dissolving all our fears</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">the sweet appeasing taste</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US">of our salty healing tears.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" lang="en-US"><br /></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: right;" lang="en-US">20 de fevereiro de 2010<br /></p>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-16535033739856273952010-10-17T23:56:00.000-07:002010-10-18T00:14:47.510-07:00Choro e Chuva 2 - As idéiasSobre o que pensei? Ah, logicamente, sobre a vida, o universo e tudo o mais, incluindo:<br /><br />-Certezas, onde vocês foram se esconder?<br /><br />-Meus amigos, me perdoem a ausência dos últimos 9 anos. Acreditem, uma parte do isolamento foi e ainda é necessária, benéfica. A outra parte, a maléfica, inevitável.<br /><br />-Àquela que certa vez debochou de meus amigos: "Porque debochas dos meus amigos? O único mal que te fizeram foi não propiciar que você conhecesse as pessoas fantásticas que eles são. Se você não se mostrou interessante o suficiente para evitar isso, o problema é todo seu."<br /><br />-Encontrei hoje um pedacinho de beleza no meio deste nosso mundo acabado. Uma blogueira com uma escrita precisa, lúcida, honesta, leve e bela. http://www.arnug.com/arnug/?page_id=100 e http://www.arnug.com/ ou ainda @anarina no twitter. Parte desta insônia é culpa dela.<br /><br />-O máximo de compreensão e vislumbre que um físico pode aspirar é delimitado pelo que Einstein ou Newton atingiram. Mas, até que ponto a condição humana foi alterada pela existência deles? Diretamente? Muito pouco. E indiretamente? É, de fato, o mundo não seria o mesmo sem eles. Mas, será que seria menos desigual e injusto?Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-46217386908568317082010-10-17T22:55:00.000-07:002010-10-18T00:14:32.004-07:00Choro e Chuva 1 - A SensaçãoChove mais uma vez sobre a cidade. E eu, com muitas idéias na cabeça para conseguir dormir, saí para caminhar. Chuva fraca e não muitas lágrimas. Mas, ainda assim, as águas, as de dentro e as de fora, molharam meu rosto novamente. Que delícia!Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-48738808314879739212010-10-16T21:14:00.000-07:002010-10-17T11:10:57.319-07:00OrganizaçõesOrganizações são necessárias. Inerentes à humanidade. Mas sua criação e existência envolve um certo risco. Em sua fundação, as organizações procuram servir à pessoas. Mas com o tempo, isso pode mudar. São muitas as organizações que se consideram inevitáveis, fundamentais, imprescindíveis. Poucas são as que planejam o seu fim. Não sonham com o dia em que não serão mais necessárias. Todas querem crescer e se fortalecer. Quanto mais membros, melhor. Dessa forma, a organização pode chegar à um estágio além, onde a sua própria sobrevivência (se ameaçada) , ou a sua própria expanção (caso contrário), passam a ser os objetivos primeiros. A organização passa a ser um fim em si mesma, e o objetivo de atender à alguma necessidade legitima das pessoas fica em segundo plano. Quantas organizações não passaram por isso? Governos então? O que fazer então? Proponho criar uma organização para combater às organizações. Que tal? Brincadeiras à parte, o caminho mais difícil, mas acredito ser o único possível, é, em qualquer contexto, sempre denovo tentar colocar os trens nos trilhos, e as organizações no rumo de alcançar e lutar por seus verdadeiros objetivos (sem discutir a coerência destes, que à priori, deixo para outra hora).Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-83836580599158416532010-09-30T08:46:00.001-07:002010-09-30T09:24:31.871-07:00Sobre a pena de morte: Aplicando idéias físicas no direito.Na física, o comportamento das grandezas é frequentemente visualizado em gráficos. Os formatos das curvas nos gráficos podem variar. Entre os mais simples temos as retas horizontais, para algo constante, as retas inclinadas, para uma grandeza que muda de forma constante. Outra curva simples de desenhar, mas pouco conhecida entre os não-físicos é a curva degrau (Heaviside para os íntimos). Esta curva é sempre zero até um ponto do gráfico, depois deste ponto, ela possui o valor 1. É uma função abrupta, descontínua. Quero chamar a atenção para a curva simétrica a ela, ou seja, a curva que é sempre 1 até certo ponto e, depois dele, passa a ser zero. Esta curva poderia representar a vida de uma pessoa até a sua morte. Com vida, o gráfico marca 1, sem vida, o gráfico marca zero. Todos nós tempos uma curva destas associada a nossa vida, um gráfico em função do tempo, representando nosso estado entre os dois possíveis, morto ou vivo (Dudu, para facilitar, vou tirar os zumbis da discussão).<br /><br />Bom, a pena de morte é a decisão deliberada de quando esta curva irá zerar para um criminoso. Esta decisão, deve ser tomada com base na gravidade dos crimes que uma pessoa cometeu. O problema é que, se desenhássemos a gravidade dos crimes num gráfico, teríamos algo muito parecido com uma reta crescente. Ou seja, há uma linha quase contínua, ligando a gravidade dos crimes, desde a mentirinha mais boba, até aos mais hediondos imagináveis. Como a pena de morte é uma solução abrupta, é necessário determinar em que posição desta escala ela deveria ser aplicada. Suponhamos que a escolha tenha sido feita. Deste crime com estes agravantes em diante, a pena de morte é aplicável. A questão é que para crimes logo abaixo deste ponto, por muito pouco, eles se livrarão da pena capital. E, os criminosos logo acima, por muito pouco, foram condenados a uma decisão abrupta. Mas o critério que decide onde na escala de gravidade esta pena deve ser aplicada é, numa grande medida, arbitrário, tão grande a quantidade de fatores envolvidos. Dessa forma, não há justiça possível, ao utilizarmos uma punição com um espetro descontínuo, ou seja, abrupta, para punir algo que é contínuo. A dureza e a duração da punição também deve ser contínua, ou seja, acompanhar indefinidamente a gravidade dos crimes.<br /><br />Este seria um ponto contra a pena de morte.<br /><br />Bom, eu sei que sou melhor físico que jurista, e a argumentação é ingênua. Mas achei a idéia interessante, especialmente por ser um exemplo de transferência de conceitos entre áreas tão distintas e, assim, decidi publicar.<br /><br />Comentários?Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8795245166765412059.post-91606571883316353102010-08-04T14:05:00.000-07:002010-08-04T14:12:50.781-07:00Novas Idéias Sobre Ensino de Física1- Por que ensinamos as coisas que ensinamos? Qual o sentido de ensinar e aprender Física?<br /><br />2-Qual é a origem histórica deste ensino? Desde quando e para que o ensino de Física foi introduzido? Qual a relação entre estes os conteúdos/formatos/objetivos com a história da própria escola?<br /><br />3-Curiosidade: Quando deixaram de ensinar Aristóteles?<br /><br />4-Quais os pré-requisitos para o aprendizado de Física? Será que envolvem só matemática? Parece óbvio que não. Mas então, quais seriam?Unknownnoreply@blogger.com0