Pelo ódio sou movido.
Como a graxa que desemperra a engrenagem.
Como a chuva que desmorona o barranco.
O ódio é o meu óleo de rícino.
Ruim de engolir, mas lubrifica
e faz a merda toda sair.
Aliviado,
O ódio me dilata as pupilas
Me foca no presente
Estraçalha as dúvidas.
Enfim, como se diz,
Cagado, sim,
mas feliz.
Muito ódio pra você neste ano que se aproxima.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Gente Feia
Gente feia.
Trabalhadora, sim,
mas feia.
Nós, os branquinhos,
bonitinhos,
cheirosinhos
não gostamos de gente feia.
Feia e pobre.
Sonhadores!
Marias de Milton!
mas feios.
Somos mais
arrumadinhos,
limpinhos
e mimadinhos
que eles.
Eles são feios
pobres
ridículos
lutadores
sofredores
Brutos, suados
intensos, sexuais
humildes, simples
sinceros, naturais
gado.
feio.
na máquina,
são touros e vacas
indo para o abatedouro
todos os dias,
cumprindo a missão e o dever.
Nós não.
Certinhos, santinhos,
estéreis, asféricos.
Nós somos lindos!
nós somos demais!
Nós somos Poddles!
E adoramos abanar o rabo
para nossa dondoca,
o consumo do fútil.
Poddles
pimpolhos
pulando
pelo
parque
Para nosso bem, nunca saímos sem coleira.
Temos nosso cocozinho
ajuntado pela dondoquinha.
Comemos ração de primeira.
Morreremos velhos
gordos
e pintados.
Sim, nossa dondoquinha
teve a idéia com as amigas,
de pintar nossos caxos!
Não é demais?
Eles, feios.
Nós, cor-de-rosa.
Trabalhadora, sim,
mas feia.
Nós, os branquinhos,
bonitinhos,
cheirosinhos
não gostamos de gente feia.
Feia e pobre.
Sonhadores!
Marias de Milton!
mas feios.
Somos mais
arrumadinhos,
limpinhos
e mimadinhos
que eles.
Eles são feios
pobres
ridículos
lutadores
sofredores
Brutos, suados
intensos, sexuais
humildes, simples
sinceros, naturais
gado.
feio.
na máquina,
são touros e vacas
indo para o abatedouro
todos os dias,
cumprindo a missão e o dever.
Nós não.
Certinhos, santinhos,
estéreis, asféricos.
Nós somos lindos!
nós somos demais!
Nós somos Poddles!
E adoramos abanar o rabo
para nossa dondoca,
o consumo do fútil.
Poddles
pimpolhos
pulando
pelo
parque
Para nosso bem, nunca saímos sem coleira.
Temos nosso cocozinho
ajuntado pela dondoquinha.
Comemos ração de primeira.
Morreremos velhos
gordos
e pintados.
Sim, nossa dondoquinha
teve a idéia com as amigas,
de pintar nossos caxos!
Não é demais?
Eles, feios.
Nós, cor-de-rosa.
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