domingo, 20 de setembro de 2009

Funk

Só um tapinha não dói...
Não dói nada,
pode bater!

Só um chutinho não dói...
Experimente onde quiser!

Só uma facadinha não dói...
Me esfaqueie pra ver!

Um tapinha não dói nada,
Faz parte da vida,
já que estou morta mesmo...

Eu sou
O cadáver,
O cadáver da mulher violentada.

Na hora doeu,
Agora não dói mais,

nada mais dói.

Schliptz, 2001.

2 comentários:

  1. Uau!!!
    Realmente foi fantástica.
    O que me impressiona, foi quando você escreveu a poesia.
    Realmente retrata o cenário da desvalorização que a mulher se deu ao luxo de permitir.

    Gracy

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