segunda-feira, 18 de outubro de 2010

On The Taste Of Tears

I dreamed of you crying

tears rolling down your face

but there was no disgrace

'cause of joy we were as flying


those tears came out of consciousness

that you were really loved

And when I said “Truly beloved”

of your eyes vanished all darkness


By looking deeply inside those eyes

and those non stopping tears

couldn't avoid to kiss them softly

and salty liquid wet my lips


Then your eyes met mine

there I found myself loved to

and then I cried as well

my fears likewise dismissed

my tears running fast to my mouth


This time you kissed my tears

gently in my face

and I then kissed smoothly

your red and trembling lips


tears with tears, yours and mine

lips with lips, a timeless kiss


and together we then tasted

dissolving all our fears

the sweet appeasing taste

of our salty healing tears.


20 de fevereiro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

Choro e Chuva 2 - As idéias

Sobre o que pensei? Ah, logicamente, sobre a vida, o universo e tudo o mais, incluindo:

-Certezas, onde vocês foram se esconder?

-Meus amigos, me perdoem a ausência dos últimos 9 anos. Acreditem, uma parte do isolamento foi e ainda é necessária, benéfica. A outra parte, a maléfica, inevitável.

-Àquela que certa vez debochou de meus amigos: "Porque debochas dos meus amigos? O único mal que te fizeram foi não propiciar que você conhecesse as pessoas fantásticas que eles são. Se você não se mostrou interessante o suficiente para evitar isso, o problema é todo seu."

-Encontrei hoje um pedacinho de beleza no meio deste nosso mundo acabado. Uma blogueira com uma escrita precisa, lúcida, honesta, leve e bela. http://www.arnug.com/arnug/?page_id=100 e http://www.arnug.com/ ou ainda @anarina no twitter. Parte desta insônia é culpa dela.

-O máximo de compreensão e vislumbre que um físico pode aspirar é delimitado pelo que Einstein ou Newton atingiram. Mas, até que ponto a condição humana foi alterada pela existência deles? Diretamente? Muito pouco. E indiretamente? É, de fato, o mundo não seria o mesmo sem eles. Mas, será que seria menos desigual e injusto?

Choro e Chuva 1 - A Sensação

Chove mais uma vez sobre a cidade. E eu, com muitas idéias na cabeça para conseguir dormir, saí para caminhar. Chuva fraca e não muitas lágrimas. Mas, ainda assim, as águas, as de dentro e as de fora, molharam meu rosto novamente. Que delícia!

sábado, 16 de outubro de 2010

Organizações

Organizações são necessárias. Inerentes à humanidade. Mas sua criação e existência envolve um certo risco. Em sua fundação, as organizações procuram servir à pessoas. Mas com o tempo, isso pode mudar. São muitas as organizações que se consideram inevitáveis, fundamentais, imprescindíveis. Poucas são as que planejam o seu fim. Não sonham com o dia em que não serão mais necessárias. Todas querem crescer e se fortalecer. Quanto mais membros, melhor. Dessa forma, a organização pode chegar à um estágio além, onde a sua própria sobrevivência (se ameaçada) , ou a sua própria expanção (caso contrário), passam a ser os objetivos primeiros. A organização passa a ser um fim em si mesma, e o objetivo de atender à alguma necessidade legitima das pessoas fica em segundo plano. Quantas organizações não passaram por isso? Governos então? O que fazer então? Proponho criar uma organização para combater às organizações. Que tal? Brincadeiras à parte, o caminho mais difícil, mas acredito ser o único possível, é, em qualquer contexto, sempre denovo tentar colocar os trens nos trilhos, e as organizações no rumo de alcançar e lutar por seus verdadeiros objetivos (sem discutir a coerência destes, que à priori, deixo para outra hora).

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sobre a pena de morte: Aplicando idéias físicas no direito.

Na física, o comportamento das grandezas é frequentemente visualizado em gráficos. Os formatos das curvas nos gráficos podem variar. Entre os mais simples temos as retas horizontais, para algo constante, as retas inclinadas, para uma grandeza que muda de forma constante. Outra curva simples de desenhar, mas pouco conhecida entre os não-físicos é a curva degrau (Heaviside para os íntimos). Esta curva é sempre zero até um ponto do gráfico, depois deste ponto, ela possui o valor 1. É uma função abrupta, descontínua. Quero chamar a atenção para a curva simétrica a ela, ou seja, a curva que é sempre 1 até certo ponto e, depois dele, passa a ser zero. Esta curva poderia representar a vida de uma pessoa até a sua morte. Com vida, o gráfico marca 1, sem vida, o gráfico marca zero. Todos nós tempos uma curva destas associada a nossa vida, um gráfico em função do tempo, representando nosso estado entre os dois possíveis, morto ou vivo (Dudu, para facilitar, vou tirar os zumbis da discussão).

Bom, a pena de morte é a decisão deliberada de quando esta curva irá zerar para um criminoso. Esta decisão, deve ser tomada com base na gravidade dos crimes que uma pessoa cometeu. O problema é que, se desenhássemos a gravidade dos crimes num gráfico, teríamos algo muito parecido com uma reta crescente. Ou seja, há uma linha quase contínua, ligando a gravidade dos crimes, desde a mentirinha mais boba, até aos mais hediondos imagináveis. Como a pena de morte é uma solução abrupta, é necessário determinar em que posição desta escala ela deveria ser aplicada. Suponhamos que a escolha tenha sido feita. Deste crime com estes agravantes em diante, a pena de morte é aplicável. A questão é que para crimes logo abaixo deste ponto, por muito pouco, eles se livrarão da pena capital. E, os criminosos logo acima, por muito pouco, foram condenados a uma decisão abrupta. Mas o critério que decide onde na escala de gravidade esta pena deve ser aplicada é, numa grande medida, arbitrário, tão grande a quantidade de fatores envolvidos. Dessa forma, não há justiça possível, ao utilizarmos uma punição com um espetro descontínuo, ou seja, abrupta, para punir algo que é contínuo. A dureza e a duração da punição também deve ser contínua, ou seja, acompanhar indefinidamente a gravidade dos crimes.

Este seria um ponto contra a pena de morte.

Bom, eu sei que sou melhor físico que jurista, e a argumentação é ingênua. Mas achei a idéia interessante, especialmente por ser um exemplo de transferência de conceitos entre áreas tão distintas e, assim, decidi publicar.

Comentários?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Novas Idéias Sobre Ensino de Física

1- Por que ensinamos as coisas que ensinamos? Qual o sentido de ensinar e aprender Física?

2-Qual é a origem histórica deste ensino? Desde quando e para que o ensino de Física foi introduzido? Qual a relação entre estes os conteúdos/formatos/objetivos com a história da própria escola?

3-Curiosidade: Quando deixaram de ensinar Aristóteles?

4-Quais os pré-requisitos para o aprendizado de Física? Será que envolvem só matemática? Parece óbvio que não. Mas então, quais seriam?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Sinônimos e Antônimos

Sou o riso, sou o choro.
a dúvida e a certeza.
a feiúra e a beleza.
Sou sábio, sou tolo.

Sou criança, sou velho.
afável e mordaz.
complexo e singelo.
sou covarde, sou audaz.

Sou vacilante e irredutível.
permanência e mudança.
desespero e espererança.
Sou firme, sou flexível.

Ordinário, sem igual.
certo ou errado.
futuro e passado.
Sou louco, sou normal.

Sou livre, sou escravo.
espírito e corpo.
infinito e limitado.
Sou reto, sou torto.

Sou santo, sou carnal.
conhecido anônimo.
sinônimo e antônimo.
Estou vivo, sou mortal.

Schliptz, 03/02/2010.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Choro pela vida

Choro pela vida. Pela minha, pela tua. Choro pela beleza. Pela alegria de se viver, de se conhecer, de se apaixonar.

Chorei certa vez pela beleza da música.
Epifania!
Não conseguia parar de ouvir jazz e soul.
Sozinho em casa, fui ouvindo Ray Charles cantar "You are my Sunshine" e a orquestra de Henry Mancini tocar "The Pink Panther Theme". Ouvi esta última uma, duas, três vezes...
Estava tão emocionado com o que sentia, que não conseguia parar de ouvir. Até que cai aos prantos, emocionado com tanta beleza. Mas eu queria mais. Como sentir mais música? Como ser transpassado por uma maior compreensão e gozo musical? Aí eu chorei mais um pouco, pois percebi que só havia uma forma de sentir mais gozo pela música do que eu estava sentindo. Eu teria que SER música. E orei a Deus por isso. Aos prantos. Extasiado, mas ainda incompleto.

Chorei certa vez pela beleza de tudo o que existe. Relembrei minha primeira epifania, e acrescentei outras belezas. Imaginei as coisas que Deus fez. A beleza das coisas inanimadas e também das animadas. Imaginei a beleza do homem e da mulher, de seus corpos e almas. E pensei em todas as belezas que o próprio homem foi habilitado por Deus a fazer. A música, a pintura, as esculturas. Mas o êxtase veio quando pensei na face de Deus criador. E me fiz a pergunta: Como seria a beleza do criador de toda a beleza. A beleza da presença de Deus me atingiu, e mais uma vez, caí aos prantos. Disso uma humilde poesia surgiu.

Anos depois chorei também pelo sofrimento dos homens. Havia passado por uma sabatina de verdade, no início de um relacionamento. A coisa foi absurda. Os inquisidores listaram todos os motivos possíveis para que o relacionamento terminasse ali mesmo. Aquilo foi cruel. Fatos íntimos de minha parceira foram expostos de forma pornográfica e inconsequente, sob o pretexto de serem mais motivos para que o relacionamento não existisse. O relacionamento realmente foi abalado e terminou, semanas depois. Ainda tarde, segundo os inquisidores. No dia seguinte à sabatina, ao entrar no banheiro para escovar os dentes, eis que ouço a água caindo na pia. O efeito que isso provocou foi descomunal. Caí, ali mesmo no chão, mal tendo tempo de trancar a porta. E chorei. Chorei copiosamente, aos soluços, que se sobrepunham uns aos outros. Nunca chorei tanto. Passei ali cerca de uma hora, chorando por mim, por ela, e pela dor que o homem é capaz de causar a si mesmo. Chorei pelas injustiças impunes, pelos atos inconsequentes dos homens, pela ganância maldita que por alguns centavos a mais de lucro, asssume o risco de matar e de fazer sofrer.

Chorei muito no inverno da minha vida. Há alguns anos atrás, perdi algo que não imaginava que pudesse ser perdido. O fôlego da vida saiu de dentro de mim. Foi passear e se esqueceu de voltar. Mas foi um choro bruto. Daquele que não alivia a dor. Poucas lágrimas. A queda foi escrita neste momento. Deste choro eu não lembro. Sei que está registrado em alguns textos sombrios. Mas trevas ocultam estes momentos e não os enxergo mais. E as trevas estiveram comigo, desde então.

Mas hoje o choro foi especial.
Hoje choro por tanta dor que carreguei comigo, em tantos anos. Choro mais uma vez, por tanta beleza que posso sentir e criar. Choro porque depois de 9 anos posso ser livre. O Schliptz voltou. Choro porque posso ser eu mesmo. Sou livre para criar e para me apaixonar novamente. Choro porque as trevas foram embora. Porque as amarras foram desfeitas. Choro porque sei quem sou. Choro pelo menino, choro pelo homem. Choro porque é primavera, mesmo sendo verão. Choro porque sei que sou amado e porque amo.

Hoje, choro, pois não sou mais O silêncio.

Schliptz, 1o de fevereiro de 2010.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Onde os Anjos Não Ousam Pisar

Fui num show muito bom nesta última Oficina de Música de Curitiba:

Coral Brasileirão canta Zé Rodrix!

Abaixo a letra a o vídeo de uma das músicas mais marcantes. É de arrepiar!



Equilibrado na beirada do abismo
quem sabe caia ou talvez vá voar.
Noite cerrada, ferro, fogo, batismo,
anjo nenhum vai conseguir me escorar!
Vai com açúcar ou prefere adoçante?
Anjo-da-guarda se recusa a provar

(Refrão)
Nada a perder, nada a ganhar.
Enlouquecer ou delirar.
E eu ainda insisto em andar
onde os anjos não ousam pisar.

Na matinê morro de tiro ou de tédio.
Se Deus morreu quem é que vai me enterrar?
Prefiro o brilho do meu próprio remédio.
Anjo-da-guarda se recusa a olhar.
A camisinha você trouxe, meu bem?
Deixa, meu anjo, que eu não vou gozar.

(Refrão)

Alma vazia, vendi todos os móveis.
Levei na troca pó-de-pirlimpimpim.
Luz na neblina, solidão, automóveis,
molhado asfalto das esquinas de mim.
Abandonado por meu próprio destino,
fazendo força pra seguir sem pensar.
Dentro do peito agonizando o menino
que se perdeu porque não soube chorar.
Se não tem cura eu toco um tango argentino
olhando o anjo que não sabe dançar.

(Refrão)

Onde eu passo sem ter que pensar
nenhum anjo consegue voar...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Queda

O silêncio se quebrou

Bem ou Mal,
O silêncio
Foi quebrado

Mas não houve eco
No vazio não há eco,
Estou no vazio

Estou em queda livre
Caio no vazio
no abismo
escuro
minhas lágrima me ultrapassam
Sei que no fundo
encontrarei a paz
mas ainda não a vejo
ela está distante
será uma longa queda
a esperança está acabando
é o fim.

Fim?

Fim.

Schliptz, inverno de 2001.